II Seminário da Educação do Campo: saberes, culturas, e territórios no contexto geográfico e social no Acre e I Fórum Acreano de Educação do Campo, das Águas e das Florestas
NOVOS PASSOS PARA A INTERNACIONALIZAÇÃO: DOUTORANDA DO PPGLI DA UFAC REALIZA INTERCÂMBIO NA UNIVERSIDADE DE ILLINOIS – EUA
A partir deste mês de novembro de 2023, a doutoranda Tamara Afonso, do Programa de Pós-Graduação em Letras: Linguagem e Identidade, estará realizando intercâmbio junto à Universidade de Illinois, nos Estados Unidos da América, com bolsa financiada pelo Programa de Doutorado Sanduíche no Exterior (PDSE) da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Tamara foi aprovada em processo seletivo regulamentado nacionalmente pelo Edital nº 44/2022 da Capes e, internamente, pelo Edital Propeg nº 07/2023 e desenvolverá pesquisa intitulada “Classroom Influencers: perfis de letramento digital de professores de línguas em Porto Velho – RO”.
Para a Coordenação do PPGLI esse tipo de intercâmbio é de fundamental importância, especialmente, porque se trata da primeira doutoranda a ser contemplada com esse tipo de bolsa, o que representa mais um passo no processo de consolidação da internacionalização do Programa.
Nas palavras de Tamara, a ideia de conduzir sua pesquisa na University of Illinois, sob a orientação do renomado Professor Dr. William Cope, representa uma oportunidade única e enriquecedora.

“Tenho grandes expectativas quanto ao desenvolvimento da minha pesquisa, com a perspectiva de contribuir de forma substancial para o avanço dos estudos no campo do letramento digital. Além disso, acredito que essa experiência contribuirá significativamente para fortalecer a cooperação acadêmica entre PPGLI e outras instituições no exterior”.
Tamara Afonso dos Santos
Sobre a Universidade
Fundada em 1867, a Universidade do Estado de Illinois está situada nas cidades de Urbana e Champaign e é a segunda mais antiga do estado. A universidade possui um Departamento de Espanhol e Português e oferece cursos em nível de graduação e pós-graduação.
Mais informações podem ser obtidas no site https://illinois.edu/
XVI CONGRESSO LINGUAGENS E IDENTIDADES AMAZÔNICAS – LIA
XVI CONGRESSO LINGUAGENS E IDENTIDADES AMAZÔNICAS – LIA
Evento presencial e virtual
Campus da Ufac, 8 a 12 de janeiro de 2024
Chamada para submissão de resumos para comunicações orais
Estimado(a)s colegas!
Com grande alegria, publicamos a presente chamada para as pessoas interessadas em apresentar comunicações orais durante o XVI Congresso Linguagens e Identidades Amazônicas – LIA, que ocorrerá no período de 8 a 12 de janeiro de 2024, no campus universitário da Ufac, em Rio Branco, Acre, na modalidade presencial e virtual.
As conferências, mesas temáticas, lançamento de livros e atividades culturais serão todas presenciais.
As comunicações orais e cursos de curta duração serão feitos de modo virtual.
As pessoas interessadas em inscrever-se com comunicação oral orais e/ou cursos de curta duração devem submeter suas propostas a partir dos seguintes eixos temáticos:
1. Línguas e Literaturas Indígenas
2. Territórios e Fronteiras
3. Ensino de Línguas e Formação de Professores
4. Artes e Estéticas nas Amazônias e Pan-Amazônia
5. Culturas, Cidades e Patrimônios
6. Diversidade Linguística e Cultural nas Amazônias
7. Memória, História e Oralidade
8. Mundos do Trabalho nas Amazônias
9. Estudos de Gênero, Raça e Classe Social
10. Educação Escolar Indígena
11. Estudos do Discurso
12. Tradução Cultural e Estudos da Tradução
13. Movimentos Sociais nas Amazônias
14. As Florestas e as Cidades na História e na Literatura
15. Estudos da Linguagem
16. Estudos Literários
17. Literaturas Orais
Diretrizes para submissão de resumos de comunicação oral:
Além da pessoa que assina como autora, cada comunicação oral deverá conter, no máximo, duas pessoas na condição de coautoras.
Não será permitida a leitura/apresentação dos trabalhos por terceiros.
As pessoas interessadas em apresentar comunicação oral deverão submeter apenas 01 (uma) proposta, independentemente de ser de sua autoria individual ou em coautoria.
A proposta deverá conter o título, três palavras-chave e um texto em parágrafo único com um total de 150 a 300 palavras. Obrigatoriamente, a proposta de comunicação oral submetida deve ter aderência a um dos 17 eixos temáticos do evento.
Formulário de inscrições: https://forms.gle/isTKgcdYJY6VAfW8A
Diretrizes para submissão de propostas de curso de curta duração:
As propostas de cursos de curta duração deverão vir acompanhadas de uma ementa de, no máximo, 300 palavras, além do título e referências bibliográficas. Outros dados serão solicitados após aprovação da proposta.
As pessoas interessadas em propor cursos de curto duração podem submeter apenas 01 (uma) proposta, independentemente de ser de sua autoria individual ou em coautoria.
Cada proposta deverá conter, no máximo, dois ministrantes.
Os cursos de curta duração serão ministrados nos dias 9, 10 e 11 de janeiro de 2024, no horário das 8:00 às 11:30 horas, perfazendo um total de 9 (nove) horas-aula, incluindo intervalo de 30 minutos.
Os cursos poderão ser ofertados por docentes, mestrando(a)s e doutorando(a)s e serão destinados, preferencialmente, para estudantes de graduação e professore(a)s da educação básica.
Formulário de inscrições: https://forms.gle/kRskexJv22nb4rvv7
Cronograma
Submissão de resumos para participantes com comunicação oral: 30 de novembro a 15 de dezembro 2023.
Submissão de propostas de cursos de curta duração: 30 de novembro a 15 de dezembro 2023
Data limite para envio de carta de aceite das propostas de comunicações e cursos aceitos: 22 de dezembro de 2023.
Submissão de textos completos para publicação E-book: 30 de abril de 2024
Resultado da avaliação dos textos completos aceitos para publicação ebook: 30 de junho de 2024
Inscrições para ouvintes com direito a receber certificado: 3 de janeiro de 2024
Realização:
Universidade Federal do Acre
Programa de Pós-Graduação em Letras: Linguagem e Identidade (PPGLI/UFAC)
Apoio:
Associação dos Docentes da Universidade Federal do Acre Federal do Acre – Adufac
Rede Norte de PPGs da Área Linguística e Literatura
Grupo de Estudos Linguísticos e Literários da Região Norte – GELLNORTE
20º SEPA – 2º DIA CONFERÊNCIA
CONFERÊNCIA: “Amazônia: unimultiplicidade de uma presença ausente” Prof. Dr. Gerson Albuquerque – PPGLI – UFAC/ANPOLL
Link da conferência: https://www.youtube.com/watch?v=aAjBq96GXJo
Convite
Curso de extensão: Literatura e Mito: uma abordagem contemporânea
Esta ação de extensão visa discutir a importância do mito e da mitocrítica para a literatura e para o homem contemporâneo. É no estudo da mitopoesia como reveladora de modelos universais e humanos, a partir do reconhecimento de elementos imagéticos, simbólicos e míticos no ato criador, que buscaremos estudar a poética do mito fazendo uma incursão nas teorias do mito e um enfoque mitológico na narrativa ou na poema. O objetivo central é refletir sobre o mitologismo e a remitologização na literatura atual e analisar textos literários.
Período: 27/11 e 30/11/23; 04/12 e 07/12/23
Inscrições: 14/11 a 23/11/2023
Vagas: 30 (Por ordem de inscrição)
Público-alvo: Alunos da graduação, pós-graduação e professores.
Modalidade: Presencial
Horário: Das 14 às 17h
Link do formulário: https://forms.gle/JkF4XApkD5yiQMne6
Tese defendida no PPGLI pesquisa sentidos da experiência acadêmica de professores(as) em formação, atuando em lugares de Floresta na Amazônia Acreana




Ocorreu no ultimo dia 03, a defesa pública de tese do doutorando Jorge Fernandes da Silva “Sentidos da experiência acadêmica de professores(as) em formação, atuando em lugares de Floresta na Amazônia Acreana”.
A atividade ocorreu no auditório do Bloco da Pós-Graduação – térreo, no campus-sede da Ufac, em Rio Branco – AC.
Participaram da Banca Examinadora a Profa. Dra. Elizabeth Miranda de Lima (UFAC) – Orientadora/Presidente, Prof. Dr. Salomão Antônio Mufarrej Hage (UFPA) – Examinador Externo, Profa. Dra. Marta de Faria e Cunha Monteiro (UFAM) – Examinadora Externa, Prof. Dr. Francisco Aquinei Timóteo Queirós (UFAC) – Examinador Interno e a Profa. Dra. Lenilda Rego Albuquerque de Faria (UFAC) – Examinadora Interna.
“NÃO EM NOSSO NOME”: pelo cessar-fogo imediato em Gaza
Este não é um texto historiográfico, mas um clamor. E como tal, pretendo começá-lo a partir de um outro texto, para que com isso se consiga estabelecer uma narrativa que não seja apenas histórica, mas calcada na empatia. Em maio de 1975, o historiador francês Pierre Vidal-Naqet publicou um artigo intitulado “Israel-Palestine: la frontière invisible” no periódico Le Nouvel Observateur. O artigo era fruto de uma visita do historiador a Israel e aos territórios ocupados. Na época, o Estado de Israel ocupava também o Sinai, como resultado da Guerra dos Seis Dias (1967), só cedendo o seu controle novamente ao Egito após os acordos de Camp David.
Vidal-Naqet era judeu, mas estava profundamente desgostoso com a incapacidade dos dissidentes israelenses em desafiarem as posições do establishment que antagonizavam diretamente contra os palestinos e demais povos árabes. Para ele, o problema residia na rejeição da dimensão histórica que o Estado de Israel instituía – e, aceitá-la, seria compreender que os judeus que ali existiam não estavam na região por essência, ou por metafísica espiritual, mas por uma série de contingências, de “acidentes históricos”. Dessa forma (e somente desta forma, ele frisava), os palestinos poderiam ser vistos como companheiros. O problema, contudo, é que até aquele momento, afirmava o historiador, a política do movimento sionista era de negar a própria existência dos árabes que viviam nos territórios de Israel e da Palestina.
Para os estudiosos da questão Israel e Palestina, a fala de Vidal-Naqet não é surpreendente – embora certamente ela antecipe muitos textos canônicos sobre a questão palestina. Historiadores israelenses como Ilan Pappé, Shlomo Sand, Tom Segev, entre outros, já expuseram as mazelas de uma lógica colonial que estaria nas origens do próprio movimento sionista, tão nitidamente expressa no slogan “uma terra sem povo para um povo sem terra”. Historiadores palestinos como Nur Masalha ou Abd al-Jawad destacam que tal perspectiva nega a História e a própria memória dos palestinos, entendidos, nos termos de Edward Said, com uma identidade nacional diaspórica em suas próprias origens, limitada no próprio ato de representação de si.
O texto do autor de “Os assassinos da memória” é, contudo, um alerta para o chamado “mundo ocidental”, clamando para que ele se responsabilize pelas relações entre israelenses e palestinos, especialmente diante da tragédia do Holocausto – “antes que um desastre aconteça”, anuncia o texto de 1975.
Infelizmente, o desastre aconteceu – e, a dizer, acontece cotidianamente em Gaza. O ato terrorista cometido pelo Hamas no dia 7 de outubro (o maior ataque contra judeus desde o Holocausto) serviu como justificativa para desencadear uma nova guerra de conquista sobre territórios palestinos. Enquanto este texto é escrito, a imprensa internacional divulga um suposto plano do Ministério da Inteligência de Israel que pretende remover todos os palestinos de Gaza em direção ao norte da península do Sinai. Se este plano for efetivado, essa será a maior diáspora palestina, superando a Nakba, de 1948.
Enquanto isso, o Estado de Israel e seu governo anunciam que sua guerra é contra o Hamas, mas não contra os palestinos – não obstante, as cifras de civis mortos continuam se empilhando, com direito a ataques das Forças Armadas Israelenses contra hospitais e até mesmo campos de refugiados em Gaza. A tragédia dos eventos não começou agora, mas estamos diante de uma violência cuja desproporcionalidade se dá justamente nos ataques contra civis, sendo que a única saída que Israel propõe é o deslocamento forçado de milhões de pessoas enquanto Gaza é destruída.
Se, contudo, o Ocidente pode se assegurar de que fracassou de forma retumbante na condução das relações Israel-Palestina, há ainda alguma esperança no “Extremo Ocidente”. Bolívia, Colômbia e Chile denunciaram a agressão israelense aos campos de refugiados e aos civis, o que gera maiores tensões diplomáticas. O Brasil foi o principal articulador da mais robusta proposta de cessar-fogo – não obstante ela ter sido vetada pelos Estados Unidos no Conselho de Segurança da ONU. Ainda assim, é preciso que se afirme que é muito pouco diante do desastre humanitário que se instituiu na região.
A sangrenta história de Gaza é a história dos palestinos que seguiram em seus territórios depois de 1948: que inicialmente ficaram sob controle dos egípcios, mas que em 1967 tiveram de lidar com a ocupação israelense do território que foi o epicentro da primeira e da segunda Intifada; que viram a retirada das tropas israelenses em 1994 por ocasião dos acordos de paz de 1992; que viram o Hamas crescer politicamente na região – com o aval das forças israelenses, voltadas para o enfraquecimento do Fatah entre os palestinos. É a história de 2.4 milhões de pessoas que, enquanto escrevo este texto, vivem o desastre.
As palavras de Vidal-Naqet falavam de um desastre enquanto futuro, mas não é exagero algum entendê-lo como algo que precede 1975 – afinal, para os próprios palestinos, o termo “Nakba” traduz-se como “desastre”. Contudo, naquele momento, o historiador francês mudava sua perspectiva a respeito de Israel e da sua própria identidade judia. Essa mudança ressoa diretamente em outro texto, de outubro de 2000, em meio à Segunda Intifada. Trata-se de uma carta intitulada “Judeus franceses em defesa dos direitos dos palestinos”, publicada no Le Monde e assinada por Daniel Bensaid, MarcelFrancis Kahn e Stanislas Tomkiewicz – bem como pelo próprio Pierre Vidal-Naqet.
Nesta carta, ao denunciarem as agressões israelenses, enfatizando a desproporcionalidade do confronto, anunciavam que “uma corrida rumo ao desastre se iniciava” e denunciavam, por sua vez, “a espiral fatal de etnicização e confessionalização do conflito”. Mas diante do retorno dos argumentos de 1975, a carta apontava uma saída: uma concepção de fraternidade árabe-judia, que só poderia ser atingida com o reconhecimento das resoluções da ONU, com o reconhecimento do Estado palestino e assegurando o direito de retorno para todos os palestinos que foram expulsos de suas terras. Uma saída otimista e que, infelizmente, parece tão distante em nosso tempo.
Talvez fosse exigir demais que, diante da responsabilidade do Ocidente para com tantos genocídios (do colonialismo à Shoah), fosse ele o articulador de uma paz, o desencadeador de uma fraternidade árabe-judia. Mas se o Ocidente efetivamente fracassou nessa tarefa, lançando milhares de famílias a um desastre sem fim, talvez caiba justamente ao Sul Global um grito potente, uma voz que diga “não em nosso nome” e que se recuse a entrar nessa espiral que articula a limpeza étnica de Gaza. O chamado para as historiadoras e os historiadores brasileiros é justamente de poderem dizer, sem vacilações, que o direito de defesa não preconiza o massacre de civis. De dizer, enfim, “não em nosso nome”.
Por Fernando Pureza
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Autor do livro História da Ásia (2023)
Edital do PPGLI de Seleção para Cursos de Mestrado e Doutorado
A Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PROPEG), por meio do Programa de Pós-Graduação em Letras: Linguagem e Identidade (PPGLI) da Universidade Federal do Acre (UFAC), recomendado pela CAPES e reconhecido pelo Ministério de Educação, com conceito 5, torna pública a abertura de processo seletivo para o preenchimento de 11 (onze) vagas para o Curso de Mestrado e 15 (quinze) vagas para o Curso de Doutorado do PPGLI, com ingresso no mês de abril do ano acadêmico de 2024 e defesa da Dissertação até o mês março do ano letivo de 2026, para o Mestrado; e com ingresso no mês de abril do ano letivo de 2024 e defesa da Tese até o mês de março do ano letivo de 2028, para o Doutorado, em conformidade com as normas estabelecidas pelo presente Edital.