Nota de repúdio: Ufac condena atos terroristas contra o Estado de Direito

publicado: 08/01/2023 18h55, última modificação: 08/01/2023 18h57

A democracia brasileira foi atacada de forma inédita neste domingo, 8 de janeiro, em Brasília (DF). Terroristas ocuparam e depredaram as sedes dos três poderes da República do Brasil. Ato repudiado veemente pela Universidade Federal do Acre (Ufac). 

Todos os culpados por esta barbárie devem ser punidos para que este ato que mancha a história nacional não volte a se repetir.  A democracia é a bússola que orienta todos os brasileiros, sendo, dessa forma, impossível chamar de patriota quem não respeita o primeiro artigo da nossa Constituição Federal, que afirma o Estado Democrático de Direito. 

A Ufac não pode deixar de manifestar preocupação e indignação em atos terroristas como o apresentado neste domingo. E roga para que os culpados tenham sobre si o peso da lei.

Fonte: Site Ufac

Manifestação pública Contra atos antidemocráticos e ataques aos Poderes da República

A Reitoria da Universidade Federal de Rondônia, UNIR, manifesta profunda preocupação e repúdio com os atos terroristas praticados em Brasília neste domingo, 08 de janeiro, quando vândalos invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes da República, nitidamente copiando o ocorrido nos Estados Unidos há dois anos, quando pelo menos cinco pessoas foram mortas.
Esses ataques à Democracia e à soberania nacional, com ocupação e depredação de prédios dos Poderes da República, são inaceitáveis, e mostram sinais evidentes de que há financiamento e orquestração realizadas há semanas. As imagens revelam leniência e conivência de quem deveria evitar esses atos, o que é inaceitável e deve ser rigorosamente apurado e responsabilidades atribuídas.
A lei e a ordem devem ser defendidas, os mentores, financiadores e executores desses atos criminosos identificados e devidamente punidos, de modo que a vontade popular seja respeitada e o Estado de Direito seja mantido, como expressão suprema da população brasileira.

Fonte: https://www.unir.br/noticia/exibir/10280

Inscrições prorrogadas – XVIII Congresso Internacional da ABRALIC

Informamos que o prazo para envio de propostas de comunicação para o XVIII Congresso Internacional da ABRALIC foi prorrogado até o dia 15 de janeiro de 2023. Destacamos que esse prazo não poderá mais ser prorrogado.

https://www.abralic.org.br/

Há dez eixos temáticos que agrupam diversos Simpósios Temáticos. O Prof. Dr. Gerson Albuquerque está como coordenador do Simpósio EST)ÉTICAS PAN-AMAZÔNICAS: PLURIVERSOS CRÍTICOS E ARTISTÍCO-LITERÁRIOS NOS MECANISMOS DA INVENÇÃO DE UM MUNDO COMUM, juntamente com a Profa. Dra. Maria de Fatima do Nascimento (Universidade Federal do Pará (UFPA)) e o Prof. Dr. Hugo Lenes Menezes (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Piauí (IFPI)). Ver resumo abaixo:

(EST)ÉTICAS PAN-AMAZÔNICAS: PLURIVERSOS CRÍTICOS E ARTISTÍCO-LITERÁRIOS NOS MECANISMOS DA INVENÇÃO DE UM MUNDO COMUM

RESUMO: O presente Simpósio Temático (ST) consiste num espaço plural que busca abrigar estudos, reflexões e proposições teórico-críticas sobre as múltiplas manifestações artístico-literárias das diferentes territorialidades que constituem os pluriversos geoculturais, geopolíticos e geo-históricos da Pan-Amazônia ou Amazônia Internacional, um diversificado conjunto de espaços-tempos e práticas culturais que perpassam países como Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Peru, Venezuela, Guiana, Guiana Francesa e Suriname. Nesses pluriversos existem centenas de línguas indígenas que convivem com 9 idiomas oficiais numa área de 7 milhões de quilômetros quadrados, com 25 mil quilômetros de rios navegáveis, encravados na nomeada América do Sul. Importa ressaltar que as vivências, existências e reexistências em tais espaços-tempos remontam a um período entre 5 mil a 2 mil anos (SCHAAN; RANZI, BARBOSA, 2010) antes das invasões colonizatórias, que interditaram de forma violenta os povos e os territórios culturais, linguísticos, étnicos, religiosos, político e econômicos que ali existiam. Nas linhas propostas por Albuquerque (2020), em diálogo com categorias conceituais que transitam entre Said (1995) e Quijano (2005), a Amazônia Internacional ou a Pan-Amazônia, apreendida como um palimpsesto que resulta de camadas e mais camadas de práticas que se dizem civilizatórias, discursivas e não discursivas, foi inserida na escrita da expansão do projeto eurocêntrico, tendo por base não apenas a racialização de povos indígenas e africanos ou afrodescendentes, mas também sua concepção enquanto representantes de uma periferia atrasada, vazia e bruta. A chamada era moderna e sua agenda colonial, amparada no inseparável duo civilização/barbárie, definiu o entorno ou o espaço vital pan-amazônico, tecendo sua trajetória histórica pautada pelo sofrimento, a violência e a dor, bem como pelas assimétricas trocas ou intercâmbios culturais, pela mistura, ou por aquilo que Glissant (2005) definiu com o termo crioulização, estabelecendo os alicerces do pensamento arquipélago e da poética da relação. Frente a enfocada contextualização, torna-se relevante abrir espaço para o debate com os processos de resistência a séculos de colonização, à intervenção, às ditas políticas de modernização e desenvolvimento amazônico, notadamente, no que diz respeito à poesia de região de fronteira, a seus experimentos literários, teatrais, musicais, enfim, suas manifestações criativas, movidas por toda uma ética que leva em consideração as culturas e vidas humanas, mas, fundamentalmente, as outras formas de existências ou toda uma lógica de vida urbana marcada pela presença das florestas e dos rios, com seus seres humanos, não-humanos e sobre-humanos em (con)vivências de múltiplos sentidos. Em semelhante direção, o S.T. (Est)éticas pan-amazônicas: pluriversos críticos, artístico-literários nos mecanismos da invenção de um mundo comum mostra-se aberto à inovação crítica e artístico-literária, às metáforas que intentem transformar o olhar a partir da práxis estética e ética de intelectuais indígenas e não-indígenas, pretos, brancos e de outras gentes das muitas misturas pan-amazônicas que se disponham a promover rupturas com o pensamento de sistema e a valorizar a retomada de caminhos esquecidos, rotas alternativas, atalhos na floresta ou furos nos rios e paranãs, ou ainda nos muitos labirintos urbanos das cidades-selvas dos países que estão marcados pela presença da floresta, um imenso mundo comum inventado pela escrita colonizatória (CERTEAU, 1982), porém reescrito e reinventado mediante espaços-tempos de lutas individuais e coletivas, de tensas fricções linguísticas, de escritas e oralidades marcadas pela presença de línguas europeias – como o português, espanhol, inglês, francês ou holandês – transformadas nas paisagens de águas escuras e barrentas, nas bordas de vertentes cristalinas, no chão de barro, no pó e na lama da grande planície, nas sombras, luzes e sons da floresta, nos organismos vivos e mutáveis das cidades e, principalmente, no encontro revitalizador com as línguas trazidas pelas populações africanas, e, fundamentalmente, com as mais de 1.000 línguas oriundas das famílias linguísticas Aruaque, Caribe, Macro-Jê, Pano, Arawá, Tucano, Tupi, identificadas nos mundos amazônicos ao longo de mais de cinco séculos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

ALBUQUERQUE, Gerson Rodrigues de. Catuaba: itinerários históricos e colonizatórios de um seringal no Rio Acre. In. SILVEIRA, M.; GUILHERME, E.; VIEIRA, L. J. S. (Orgs.). Fazenda Experimental Catuaba: o seringal que virou laboratório vivo em uma paisagem fragmentada do Acre. Rio Branco (AC): Stricto Sensu, 2020, p. 18-44.

CERTEAU, M. de. A escrita da história. Tradução de Maria de Lourdes Menezes. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1982.

GLISSANT, Édouard. Introdução a uma poética da diversidade. Tradução de Enilce Albergaria Rocha. Juiz de Fora: Editora da UFJF, 2005.

QUIJANO, A. Colonialidade do poder, eurocentrismo e América Latina. In. LANDER, E. (Org.). A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais. Perspectivas latinoamericanas. Ciudad Autónoma de Buenos Aires: CLACSO – Colección Sur Sur, 2005.

SAID, E. W. Cultura e imperialismo. Tradução de Denise Bottman, São Paulo (SP): Companhia das Letras, 1995.

SCHAAN, Denise Pahl; RANZI, Alceu; BARBOSA, Antonia Damasceno (Orgs.). Geoglifos: paisagens da Amazônia Ocidental. Rio Branco: Gknoronha, 2010.

PALAVRAS-CHAVE: Literaturas. Oralidades. Pan-Amazônia. Estéticas. Pensamento Crítico.

Valores ABRALIC

Inscrição

Poesia de Thiago de Mello e Jorge Nájar é tema de dissertação defendida no PPGLI

Ocorreu no último dia 30, a defesa de dissertação do mestrando Jaidesson Oliveira Peres, com o título “Imaginário e paisagem poética: leituras da Pan-Amazônia em Thiago de Mello e Jorge Nájar”.

A Banca Examinadora foi composta pelo Prof. Dr. Yvonélio Nery Ferreira (UFG) – Orientador/Presidente, pelo Prof. Dr. Hélio Rodrigues da Rocha (UFAC/UNIR) – Examinador Interno, pela Prof. Dra. Maria Ivonete Santos Silva (UFU) – Examinadora Externa e pelo Prof. Dr. Miguel Nenevé (UFAC/UNIR) – Suplente.

A defesa ocorreu através de transmissão on-line por meio do Canal Ceprodoc no Youtube

Nota de falecimento

É com imenso pesar que o GELLNORTE comunica o falecimento da linguista Maria Helena de Moura Neves. Sua atuação profissional como pesquisadora e professora produziu grande impacto na formação de linguistas e docentes do país e sua produção registrada em muitos livros e artigos seguirá confirmando a relevância de sua contribuição para a ciência. 

Maria Helena soube de maneira memorável combater o bom combate, guardando a fé no conhecimento e na generosidade de sua partilha. Seguirá conosco servindo de fonte de saber e de inspiração.

Deixe aqui a sua homenagem.

Primeira defesa de tese de doutorado ocorre no PPGLI

O intenso trabalho realizado entre os anos de 2013-2016, fruto do compromisso de discentes, docentes e corpo técnico do PPGLI da Ufac, tem rendido excelentes resultados ao longo dos anos seguintes, como a elevação das notas de 03 para 04 junto à Capes, a criação e abertura do curso de doutorado e, mais recentemente, a nova elevação da nota de 04 para 05, na última avaliação correspondente ao quadriênio  2017-2020.

Seguindo a linha de excelentes resultados, a primeira tese defendida no PPGLI ocorreu na quinta, 15, e significou a “virada de página na história de nosso Programa”, afirmou o Coordenador do PPGLI, Gerson Albuquerque. O primeiro doutor titulado pelo PPGLI é o Prof. Raildo Barbosa Brito, que também é professor da Ufac, vinculado ao Centro de Educação, Letras e Artes e atua junto ao Curso de Música na instituição.

A defesa de tese do agora recém doutor, Raildo Brito, realizou-se após 44 meses do início do curso, isto é 04 meses antes do prazo regular, tornando ainda mais significativo este momento que passa agora a figurar como marco na história do PPGLI na Ufac.

A tese, intitulada “Narrativas (En)cantadas: análise dos discursos verbo-musicais de um senário de canções do Festival Acreano de Música Popular – FAMP”, se propôs a partir da Análise do Discurso Crítica e da análise verbo-musical compreender os processos sociohistóricos que permearam a produção das canções Paxiúba (Manoel Barros), Estrela Cadente (Pia Vila, Beto Brasiliense e Chico Pop), João Seringueiro (Francisco Augusto Vieira Nunes), Caro John (João Veras e Heloy de Castro), Tempo Bom (José Cleuber e Leonardo Noronha) e 20 anos sem Chico (Antônio Rocha).

Participaram da Banca Examinadora o Prof. Dr. Francisco Bento da Silva (UFAC) – Orientador/Presidente, o Prof. Dr. Carlos Augusto Nascimento Sarmento-Pantoja (UFPA) – Examinador Externo, o Prof. Dr. Luciano Hercilio Alves Souto (UEA) – Examinador Externo, o Prof. Dr. Francisco Aquinei Timóteo Queirós (UFAC) – Examinador Interno, o Prof. Dr. Marcello Messina (UFAC/UFPB) – Examinador Interno, o Prof. Dr. Hélio Rodrigues da Rocha (UFAC/UNIR) – Suplente e o Prof. Dr. Miguel Nenevé (UFAC/UNIR) – Suplente.

A defesa ocorreu através de transmissão on-line por meio do Canal Ceprodoc no Youtube e contou com o apoio do Núcleo de Apoio à Inclusão da Ufac com a presença dos Tradutores e Intérpretes de Linguagem de Sinais Sônia França e Victor Hugo.

Em 2023, sob coordenação da Profa. Queila Lopes, o PPGLI entra em uma nova fase, já consolidado no âmbito da pós-graduação na Ufac, e contará com muitas outras defesas de teses e novos doutores em Letras: Linguagem e Identidade, cuja atuação acadêmica e profissional impactam diretamente na qualidade do ensino superior no estado e na Amazônia.